“Tudo começou por volta de 2017, quando o CAPP (Centro Associativo de Atividades Psicofísicas Patrick) realizou uma avaliação na minha escola, EEB Rudolfo Luzina, em Nova Erechim. Nela, os professores selecionaram alguns alunos que consideraram ter destaques nas disciplinas e um melhor entendimento geral dos conteúdos. Também foi entregue uma folha para alunos que se interessassem em participar de uma avaliação de desenho por parte da equipe do CAPP. Mais tarde, caso o aluno se destacasse, seria chamado para as oficinas em Chapecó. Foi por exemplo o meu caso, fui avaliado e chamado para participar da oficina. Então, comecei a frequentar uma vez por semana. Durante esse período, produzi uma série de desenhos e aprendi conteúdos relacionados a perspectiva, sempre desenvolvendo principalmente minha criatividade. Porém, com o tempo, se tornou inviável eu vir para Chapecó. O transporte se tornou caro e normalmente eu voltava tarde para casa, pois o trajeto era mais longo do que o normal. Isso resultou na minha desistência da oficina.
Mas durante o tempo que fiquei fora do CAPP, não deixei de praticar e aprimorar as técnicas que haviam sido passadas. Em 2021, vim com minha irmã morar em Chapecó, iniciei meus estudos no IFSC e lá conheci uma pessoa que frequentava o CAPP. Com a ajuda dela, entrei em contato com o pessoal e, em 2022, consegui retornar para a oficina de Artes. Já com algumas técnicas de desenho compreendidas durante os anos, produzi uma série de desenhos focados principalmente no lápis 6b e traços finos com a lapiseira, desenvolvendo assim desenhos com base em espadas medievais. Hoje, continuo a oficina estudando simetria e o posicionamento dos desenhos nas folhas, aventurando-me também em outros estilos e composições, dando enfoque principalmente na liberdade de criação que a oficina nos fornece.”