Ser feliz não é questão de rosto
Não é questão de modo
Não é questão de gosto
Não é questão de foto
É questão de viver livre
Sem ter ou querer um mundo imposto
Achar que dinheiro é felicidade
Não tome essa atitude obsoleta
Achar que pobreza é “sacanagem”
É um fim de um unido e justo planeta
E se obcecar pelo padrão alto
É apagar as luzes, e deixar a vida preta
Por que achas que os mortos morrem?
Por que achas que os mortos vivem?
Por que achas que o dinheiro te leva aos céus?
Pois esmaguem, com força, pisem!
Acabem com a esperança, com a luz no fim do túnel
Pois o túnel racha, com as mentiras que vocês tanto dizem
Ser feliz não é questão de casa
Viver não depende de maquiagem
A maquiagem que entre os mortais é uma fantasia
Uma alteração de imagem
Aprisionamento de fraqueza, de agonia
Pois repito, bolso vazio não é igual a “sacanagem”
O mundo dos mortos é dividido em dois
Os céus e o inferno
O sul e o norte
O verão e o inverno
Entre almas que sobem, almas que descem,
Viver, e morrer, é ser puro, é ser mero
Escolha morrer, ou viver
Escolha entre dois tipos de brasa
A que crema e corrói
Ou a que cuida, a que abraça
Escolha ser feliz
Ou morrer fazendo “pirraça”
Viver pode ser uma caixinha de surpresas
E as surpresas são várias
Mas viva tendo uma certeza
Morrer não é o fim
É o início de uma vida de esbeltezas
É o início de sua vida divina
Mas se preferir cremar; pois creme.